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Os níveis de autonomia variam de acordo com a estrutura do robô e com a função a desempenhar. Na medicina, por exemplo, se o procedimento envolver risco à vida do paciente (no caso de cirurgias mais complexas), o robô terá autonomia muito relativa; já para uma tarefa doméstica (como a limpeza de um piso), essa autonomia poderá ser bem maior. Hoje, robôs 100% autônomos ainda não existem – pelo menos ainda não para comercialização.

Embora liderado pela indústria automobilística, o processo de robotização no País se espalha por outros setores, com destaque para as indústrias de alimentos e bebidas, eletroeletrônica e química. O uso de robôs em diversas etapas da produção é um importante passo para fazer parte da chamada Indústria 4.0.

Robôs Autônomos são um dos pilares da Indústria 4.0, na qual as decisões no chão de fábrica são tomadas por máquinas, que se comunicam entre si, desempenham diversas funções e têm capacidade de detectar e resolver problemas.

Entre 1961 (quando a General Motors passou a usar pela primeira vez robôs em uma linha de montagem) e 2013, o número de robôs industriais em uso no mundo subiu para 1,6 milhão, segundo a Federação Internacional de Robótica. A colaboração entre seres humanos e máquinas tem o potencial de revolucionar a linha de produção industrial.

Na indústria, o primeiro robô foi desenvolvido em 1961, para a General Motors, e chamado de “Unimates”. Ativado por comandos passo a passo, trabalhou na linha de montagem executando tarefas que seriam nocivas a seres humanos, como a remoção de peças da área de pintura e solda de partes da carroceria.

Objetivos

 

Na indústria, executar tarefas que podem prejudicar a saúde dos funcionários (manuseio de gases e tintas tóxicas ou transporte de excesso de peso, por exemplo), além de aumentar a velocidade e a eficiência da produção. Em paralelo, o uso de robôs autônomos ajuda a otimizar o trabalho dos funcionários, que não precisam mais detectar e corrigir falhas nas máquinas. Um exemplo é a BMW que em 2016 começou a utilizar robôs autônomos no processo de carregamento e transporte de peças em uma de suas fábricas alemãs (leia sobre as vantagens). De forma geral, o uso de Robôs Autônomos leva a aumento de receita, de participação de mercado e de lucro.

Desafios

 

Equacionar a diminuição de vagas de trabalhos (substituídas pela automação) e resolver a necessidade de qualificação de funcionários para operações em robótica. Publicada em 2013, uma pesquisa da Universidade de Oxford (The Future of Employment: How Susceptible Are Jobs to Computerisation?) concluiu que, ao longo dos próximo vinte anos, cerca de 47% dos empregos nos Estados Unidos podem ser substituídos pela automação. Crescimento econômico e desemprego em massa são alguns dos temas abordados em matéria (Fábrica na China vai trocar 90% dos trabalhadores por robôs) da revista Exame sobre os efeitos da utilização dos Robôs Autônomos na indústria.

No Brasil

Em 2015, foram vendidas 1.400 unidades de robôs no Brasil, segundo dados do Executive Summary World Robotics 2016 Industrial Robots, um estudo da Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês). Espera-se crescimento de dois dígitos para o período entre 2016 e 2019. Outro estudo, da RockEU Robotics Coordination Action for Europe, produzido entre janeiro de 2013 e julho de 2016, aponta que 1.266 novos robôs foram vendidos e instalados (9% a menos do que em 2013), 65% dos quais na indústria automotiva e 8% na metalúrgica. Como isso, o Brasil ocupa 17a posição no ranking mundial de vendas. Em relação ao estoque de robôs operacionais, o Brasil está em 16a lugar no ranking, com 9.600 unidades (12% a mais que em 2013). A pesquisa indica ainda que, para cada 10 mil funcionários, há 106 robôs na indústria automotiva, dez na indústria de manufatura e quatro nas demais indústrias. A conclusão do estudo é que o mercado brasileiro de robôs é visto como emergente na área de instalações – mas o desenvolvimento na área de vendas é considerado desapontador.

 

 

 

 

 

 

 

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