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A segurança digital nunca foi tão importante quanto nos dias de hoje. Com o avanço dos ataques cibernéticos e a crescente sofisticação dos criminosos virtuais, proteger dados e sistemas se tornou essencial para empresas de todos os setores.

E é nesse contexto que a autenticação multifator (MFA) se destaca como uma solução eficaz e assertiva para fortalecer o acesso a contas e sistemas corporativos, reduzindo drasticamente o risco de invasões. Ainda assim, muitas empresas negligenciam sua implementação e acabam vulneráveis a ataques que poderiam ser evitados com medidas simples.

A seguir você confere os principais aspectos da MFA, o que é, como funciona e por que sua empresa não pode ignorar essa camada extra de segurança.

O que é autenticação multifatorial?

A autenticação multifatorial é um método de segurança que exige que o usuário forneça mais de um fator de verificação para acessar um sistema, conta ou dispositivo.

Tradicionalmente, o acesso a sistemas ocorre por meio de uma única camada de autenticação: a senha. No entanto, senhas podem ser facilmente comprometidas, seja por ataques de phishing, vazamentos de credenciais ou força bruta.

A MFA adiciona camadas adicionais de proteção ao exigir fatores de autenticação complementares, tornando significativamente mais difícil para criminosos acessarem informações sensíveis.

Por que apenas senhas não são seguras?

A dependência exclusiva de senhas para proteger sistemas e dados corporativos é amplamente considerada insegura. Diversos fatores contribuem para essa vulnerabilidade:

Senhas fracas e previsíveis

Muitos usuários optam por senhas simples ou comuns, como "123456" ou "senha", facilitando ataques de força bruta ou de dicionário. Essas senhas são rapidamente descobertas por invasores que utilizam listas de combinações frequentes.

Reutilização de senhas

A prática de reutilizar a mesma senha em múltiplas contas é comum. Se uma dessas contas for comprometida, todas as outras que compartilham a mesma senha ficam vulneráveis.

Armazenamento inseguro de senhas

Alguns sistemas armazenam senhas em texto simples ou utilizam algoritmos de hash obsoletos, como o MD5, que possuem vulnerabilidades conhecidas. Isso facilita a obtenção de senhas por parte de invasores.

Ataques de força bruta e tabelas arco-íris

Invasores podem utilizar ataques de força bruta, testando inúmeras combinações de senhas rapidamente, ou recorrer a tabelas arco-íris, que são listas pré-computadas de hashes de senhas comuns, para descobrir credenciais.

Engenharia social e phishing

Técnicas de engenharia social, como phishing, enganam usuários para que revelem suas senhas, comprometendo a segurança dos sistemas.

Erros humanos

Usuários podem, inadvertidamente, expor suas senhas ao salvá-las em navegadores ou compartilhá-las, aumentando o risco de acesso não autorizado.

Diante dessas vulnerabilidades, é essencial implementar medidas adicionais de segurança, como a autenticação multifator, tornando o acesso não autorizado significativamente mais difícil.

Quais são os três métodos de autenticação?

 

 Para que a autenticação multifator seja eficiente, ela deve combinar pelo menos dois dos três fatores abaixo:

1. Algo que você sabe

Esse é o fator mais comum de autenticação e refere-se a informações conhecidas apenas pelo usuário. Exemplos incluem:

2. Algo que você tem

Esse fator envolve a posse de um item físico ou digital que gera um código único. Exemplos incluem:

3. Algo que você é

Esse fator utiliza características biométricas únicas do usuário para autenticação. Exemplos incluem:

Combinando esses fatores, a MFA impede que um criminoso obtenha acesso mesmo que descubra a senha do usuário.

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Benefícios da autenticação multifator para empresas

A implementação da MFA traz inúmeras vantagens para as empresas, independentemente do seu porte. Entre os principais benefícios estão:

1. Redução de ataques cibernéticos

A MFA impede que invasores acessem contas e sistemas mesmo que tenham obtido a senha do usuário. Isso acontece porque a autenticação exige um segundo fator de verificação, como um código enviado para um dispositivo confiável ou um dado biométrico. Dessa forma, mesmo que um criminoso tente invadir uma conta com credenciais comprometidas, ele não conseguirá completar o processo de login sem o segundo fator.

2. Proteção de dados sensíveis

Empresas lidam com informações sigilosas, como registros financeiros, dados de clientes e propriedade intelectual. Se essas informações forem acessadas por pessoas não autorizadas, podem causar prejuízos irreparáveis. 

A MFA reduz esse risco ao exigir uma validação adicional antes de conceder o acesso, garantindo que apenas usuários legítimos possam visualizar e modificar dados críticos.

3. Conformidade com normas de segurança

Regulamentações de proteção de dados exigem que empresas adotem medidas para evitar vazamentos e acessos não autorizados. Assim, a implementação da MFA é uma prática recomendada para atender a esses requisitos, ajudando as organizações a se adequarem às exigências de segurança da informação e a reduzirem a exposição a sanções e penalidades legais.

4. Prevenção contra ataques de phishing e engenharia social

As senhas podem ser roubadas por meio de golpes que enganam os usuários para que revelem suas credenciais. No entanto, mesmo que um funcionário caia em um ataque de phishing e forneça sua senha a um criminoso, a MFA impede que o invasor consiga completar o login, pois será necessário um segundo fator de autenticação que ele não possui.

5. Maior segurança para acessos remotos

Com o crescimento do trabalho remoto e da necessidade de acessos externos a sistemas corporativos, garantir a segurança das conexões tornou-se um desafio. 

Mas, do mesmo modo, a MFA protege esses acessos, garantindo que apenas dispositivos e usuários autorizados consigam entrar nos sistemas da empresa, reduzindo os riscos associados ao trabalho híbrido e à mobilidade corporativa.

6. Facilidade de implementação

A maioria das plataformas e sistemas modernos já possui suporte para autenticação multifator. Com opções que vão desde aplicativos autenticadores até dispositivos físicos, a MFA pode ser implementada de maneira simples e eficiente, sem exigir grandes investimentos em infraestrutura. 

Sobretudo, é possível configurar diferentes níveis de autenticação conforme a criticidade dos dados e sistemas protegidos.

Principais desafios na implementação da MFA

Embora os benefícios sejam evidentes, muitas empresas enfrentam dificuldades para implementar a MFA, sendo os mais comuns:

No entanto, os riscos de não adotar a MFA superam em muito esses desafios.

Como implementar a autenticação multifator na sua empresa?

A implementação da MFA exige um planejamento estratégico para garantir que a solução escolhida atenda às necessidades da empresa sem comprometer a usabilidade dos sistemas. 

Seguir algumas etapas pode tornar esse processo mais eficiente e evitar dificuldades operacionais.

1. Identifique os sistemas que precisam de proteção

Antes de adotar a MFA, é essencial mapear os acessos críticos dentro da organização. Sistemas que armazenam informações sensíveis, como e-mails corporativos, bancos de dados e plataformas financeiras, devem ser priorizados. 

Esse levantamento permite que a autenticação multifator seja aplicada onde realmente faz diferença, sem adicionar complexidade desnecessária a processos que não exigem um nível tão alto de segurança.

2. Escolha a solução mais adequada

Existem diversas opções para implementação da MFA, cada uma com características específicas. 

Aplicativos autenticadores, tokens físicos e autenticação biométrica são algumas das alternativas disponíveis. A escolha deve considerar não apenas o nível de segurança oferecido, mas também a experiência do usuário. 

Soluções muito complexas podem gerar resistência dos funcionários, enquanto métodos mais intuitivos aumentam a adesão e reduzem dificuldades operacionais.

3. Conscientize e treine os colaboradores

A tecnologia sozinha não é suficiente para garantir segurança digital. A equipe precisa estar ciente da importância da MFA e saber como utilizá-la corretamente. Para isso, é fundamental oferecer treinamentos e materiais explicativos que facilitem a adaptação dos usuários. 

4. Monitore e atualize constantemente

A segurança cibernética é um processo contínuo. Ameaças evoluem rapidamente, e as empresas devem acompanhar essas mudanças para evitar vulnerabilidades. Portanto, monitorar acessos, identificar tentativas suspeitas de login e atualizar as políticas de autenticação regularmente são medidas indispensáveis para manter a proteção em alto nível.

5. Conte com uma consultoria de TI

Se a sua empresa não possui uma equipe interna especializada em segurança da informação, investir numa consultoria de TI é a melhor decisão. 

Conte com especialistas para escolher a solução mais eficaz, garantindo a integração adequada da MFA com os sistemas existentes, e com suporte para ajustes futuros. Além disso, a consultoria pode analisar riscos específicos do seu setor e propor uma estratégia personalizada para maximizar a proteção dos dados.

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